04 de junho de 2015

A Bienal do gelo em Cuba

 

A capital cubana se transformou nos últimos dias em uma gigantesca galeria de arte. Museus, fortalezas coloniais, ruas, quebra-mares, bairros periféricos e um grande número de casas e apartamentos particulares abriram espaço para centenas de artistas de Cuba e de outros 50 países que participam da 12ª Bienal de Havana. Independentemente da qualidade artística, o evento, marcado pelo atual momento de distensão política entre Washington e Havana, entrará na história como a Bienal do diálogo e do reencontro.

Desde sua inauguração, no dia 22, em Havana se fala inglês. São centenas – milhares? – os colecionadores, galeristas, curadores, diretores de museus e olheiros de arte norte-americanos que tomaram a cidade de assalto. Oficialmente, os organizadores calculam em 1.400 os norte-americanos com credencial. Mas são muitos mais os que percorrem desde a semana passada as salas de exibição e as oficinas dos artistas cubanos em busca de oportunidades.

– Ohh! Wow! It’s amazing!”

A exclamação foi de um membro do Museu do Bronx diante deObstáculos, peça do marroquino Mounir Fatmi, situada no Malecón de Havana como parte da mostra paralela “Detrás del muro” (“atrás do muro”). A obra, um acúmulo de obstáculos de madeira pintados com as cores da bandeira dos EUA, “já não é um estorvo insuperável, está no nível do solo”, segundo as palavras de Juan Delgado, comissário da exposição, que exibe obras de 51 artistas ao longo dos 14 quarteirões mais emblemáticos do passeio à beira-mar de Havana.


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